Tendências de compras B2B no setor elétrico: o que mudou no comportamento do cliente?
- Gimawa
- 8 de abr.
- 3 min de leitura
Nos últimos anos, o mercado de material elétrico passou por uma profunda transformação no comportamento de compra B2B. Impulsionados por fatores como digitalização, crises logísticas globais, mudanças geracionais e a pressão por eficiência operacional, os clientes corporativos desde instaladoras até grandes indústrias passaram a ter novas exigências e prioridades ao comprar produtos do setor elétrico.
Distribuidores que não compreenderem esse novo perfil correm o risco de perder espaço para players mais ágeis, digitais e orientados ao serviço.
A seguir, exploramos as principais tendências que estão moldando o comportamento de compra B2B no setor elétrico:

1. Digitalização da jornada de compra
Mesmo em um mercado técnico como o de materiais elétricos, a jornada do cliente deixou de ser 100% presencial ou dependente do contato direto com o vendedor. Mais da metade do processo de decisão ocorre antes do primeiro contato comercial.
O que mudou:
Clientes pesquisam produtos, fichas técnicas e fornecedores online.
Comparações de preço, prazo e reputação são feitas antes mesmo da cotação.
Plataformas digitais, catálogos online e e-commerces B2B se tornaram diferenciais competitivos.
Oportunidade para distribuidoras: Oferecer experiência omnichannel, com canais digitais atualizados, agilidade no atendimento remoto e integração com ERPs e CRMs do cliente.
2. Busca por parceiros, não apenas fornecedores
Empresas estão cada vez mais exigentes em relação à qualidade técnica do atendimento e ao valor agregado que um distribuidor pode oferecer. O foco deixou de ser apenas o preço — agora, o cliente busca segurança, confiabilidade e suporte técnico.
O que mudou:
Técnicos e engenheiros querem conversar com especialistas, não apenas tiradores de pedido.
O pós-venda passou a ter peso significativo na decisão de recompra.
Distribuidores que atuam como consultores técnicos ganham mais fidelização.
Oportunidade: Treinar o time comercial para venda consultiva, com domínio técnico e argumentação baseada em aplicação real.
3. Urgência e previsibilidade nos prazos
Projetos elétricos não podem parar. Um simples atraso em um disjuntor ou eletrocalha pode gerar impacto direto em cronogramas de obras, linhas de produção ou sistemas críticos. O cliente B2B do setor elétrico está muito mais sensível a prazo, confiabilidade de entrega e disponibilidade de estoque.
O que mudou:
A tolerância a atrasos ou incertezas logísticas diminuiu.
Empresas passaram a exigir SLA (acordo de nível de serviço) e entregas agendadas.
Estoques mínimos e entregas rápidas viraram um diferencial decisivo.
Oportunidade: Investir em logística inteligente, previsão de demanda, e integração com sistemas do cliente para garantir confiança no fornecimento.
4. Valorização da comunicação clara e técnica
Os compradores de material elétrico estão mais informados e técnicos. Ao mesmo tempo, enfrentam pressão por agilidade e assertividade em suas decisões. Isso exige que os fornecedores saibam comunicar bem, com clareza, assertividade e base técnica.
O que mudou:
Textos genéricos ou imprecisos não geram mais credibilidade.
A linguagem precisa ser técnica, mas acessível.
Dúvidas não respondidas de forma clara comprometem a decisão de compra.
Oportunidade: Estruturar conteúdos técnicos claros (como fichas, vídeos, comparativos e FAQs), e capacitar o time para um discurso firme, mas simples.
5. Interesse crescente por soluções completas e integradas
Com menos tempo e equipes enxutas, os compradores B2B estão buscando soluções completas, e não apenas produtos isolados. Ou seja, o foco é resolver uma demanda, e não simplesmente comprar um item.
O que mudou:
O cliente prefere quem oferece kits, pacotes e soluções integradas.
Há valorização de quem entende o problema antes de oferecer o produto.
Fornecedores que "pensam junto" ganham preferência.
Oportunidade: Desenvolver soluções de venda por aplicação (ex: kits para painéis, pacotes para iluminação industrial, soluções para retrofit), com suporte técnico especializado e entrega sob medida.
6. Decisão baseada em dados e indicadores
A nova geração de compradores, muitas vezes engenheiros e gestores com formação técnica e foco em performance, está cada vez mais orientada por indicadores.
O que mudou:
As decisões são baseadas em custo total de propriedade (TCO), eficiência, retorno e durabilidade.
Há foco em padronização de fornecedores e produtos homologados.
Relatórios de consumo, performance e indicadores de atendimento são valorizados.
Oportunidade: Distribuidores que geram relatórios personalizados, dashboards de consumo e análises técnicas se tornam parceiros estratégicos.
Conclusão: o novo comprador do setor elétrico é técnico, exigente e digital
A transformação no comportamento do cliente B2B no setor elétrico não é uma tendência passageira — é um novo padrão. Ele exige das distribuidoras:
Visão consultiva e técnica.
Agilidade e precisão logística.
Capacidade de comunicação clara e assertiva.
Presença digital e suporte multicanal.
Visão de parceria e co-criação de soluções.
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